Bate-Seba estava destinada a se casar com Davi desde os seis dias da Criação, mas ela veio até ele de maneira dolorosa (Sinédrio 107a).

E a esposa dele você tomou para ser sua esposa (II Samuel 12:9). Você é legalmente casado com ela (Shabat 56a).

David, o pastor, David, o matador do filisteu Golias, o maior adversário de Israel, David, o poeta, David, o rei do seu povo, possuía medos, maravilhosos atributos judaicos. Infelizmente, como o presciente Samuel já havia anunciado, a monarquia, ao substituir a teocracia pelo governo do homem, corrompeu as almas até dos melhores líderes. Assim como Saul sucumbiu às pressões do trono, Davi também se perdeu na busca por privilégios reais.

Isto levou ao pecado e à vergonha, e nenhuma eisegese rabínica pode apagar o pecado e a vergonha que permeiam a narrativa de David e Bate-Seba. Ele a viu "no telhado". Uma mulher bonita de se ver, realizando suas abluções noturnas. Ele viu, mandou, pecou com a bela esposa de Urias, o hitita, fiel soldado de Davi. Bate-Seba fica grávida e o leal Urias é, com a cumplicidade do comandante de Davi, Joabe, eliminado na linha de frente da batalha.

É um episódio ignominioso, e sua conclusão é melhor tratada biblicamente do que rabinicamente. Bate-Seba dá à luz um filho a Davi, mas o rei é avisado por seu conselheiro e profeta, Natã, de que a criança carregará a marca da culpa de seu pai e morrerá por seus pecados. Em uma das passagens mais comoventes do que rabinicamente. Bate-Seba dá à luz um filho a Davi, mas o rei é avisado por seu conselheiro e profeta, Natã, de que a criança carregará a marca da culpa de seu pai e morrerá por seus pecados. Numa das passagens mais comoventes da Bíblia (II Samuel 12:15-23) é retratada a agonia da dor de David e Bate-Seba. No entanto, "a alegria vem pela manhã". O Senhor perdoa seu servo favorito, e Bate-Seba se torna o recipiente de um dos maiores reis de Israel, famoso por seu talento literário, sua inteligência e sua inestimável sabedoria. Este é Salomão, cujo nome é derivado de shalom, uma denominação apropriada, à medida que a Divindade toma medidas, como Ele havia feito gerações antes, enviando a pomba a Noé como uma coda à Sua ira, para restaurar o relacionamento entre Ele e Seu povo.

E Bate-Seba? Certamente o seu yichus, o seu lugar de direito na história real de Israel, é legitimado e assegurado através do nascimento do sábio Salomão. Ela também deu à luz três filhos menos conhecidos (I Crônicas 3:5). Imortalizada biblicamente, ela se torna igualmente proeminente iconograficamente. Pinturas de Hans Memling, Lucas Cranach, Rubens, Rembrandt e Poussin retratam diferentes poses do maior poseur da Bíblia. Seu rosto é, nas letras de Nat King Cole, “inesquecível”.